
A paciência do setor empresarial maranhense está por um fio com a demora na implantação da Zona de Processamento de Exportação do Maranhão (ZPE-MA) e, principalmente, da tão falada refinaria em Bacabeira. A cobrança agora é pública, e alta. Durante um evento recente, uma empresária-socialite ligada ao grupo de investidores que planeja a refinaria cobrou, em alto e bom som, a transferência do terreno por parte do governo estadual, que ainda não ocorreu. Nem as obras foram iniciadas.
O clima é de frustração e apreensão. A proposta da refinaria é considerada uma das maiores promessas da gestão Brandão para geração de emprego, renda e transformação econômica do estado. Mas, diante da falta de informações e avanços, há quem já compare o projeto às promessas não cumpridas de governos anteriores.
As cobranças por informações são diárias. A FIEMA, inclusive, se reuniu recentemente em busca de esclarecimentos sobre o atraso no cronograma da ZPE-MA. O que mais preocupa os investidores é que, apesar da aprovação federal já conquistada, considerada a etapa mais difícil, o Estado ainda não deu os passos iniciais para garantir a execução do projeto. O Maranhão conta, inclusive, com uma agência de desenvolvimento inédita para acelerar o processo.
Com o “cavalo selado”, como dizem nos bastidores, a pergunta que não quer calar é: o governo vai deixar o Maranhão seguir no fim do pódio do desenvolvimento? A expectativa agora recai sobre uma reação firme e urgente de Brandão.