
Com fogo cruzado, chantagens e fake news, grupo político que tirou o Maranhão da escuridão pode estar cavando sua própria crise
A temperatura política no Maranhão subiu de vez! Adversários do governador Carlos Brandão, que se recusam a aceitar o fim da hegemonia que ocuparam por décadas no estado, voltaram à carga com força total. Apostam agora em ameaças veladas, chantagens, ataques jurídicos e operações midiáticas para desestabilizar o governo e provocar fissuras internas no grupo político que, desde 2015, governa o Maranhão com a bandeira da reconstrução e do desenvolvimento.
Duas ofensivas recentes chamaram atenção. A primeira envolve a surpreendente transferência do assassino confesso do caso Tech Office, Gilbson Cutrim Júnior, para um presídio federal em Brasília. O homicídio do empresário João Bosco, ocorrido em 2022, foi usado à exaustão durante a campanha para tentar atingir Daniel Brandão, hoje presidente do TCE-MA e sobrinho do governador. Apesar de desmentido publicamente pelo próprio réu em uma gravação, o caso foi requentado com nova tentativa de envolvimento de Daniel. E o pior: tudo indica que parte dessa movimentação aconteceu com conhecimento antecipado de figuras do grupo “dinista”, que, dias antes, já falavam da operação nos corredores da Assembleia Legislativa, conforme apurado com exclusividade pelo Colunaço do Dr. Pêta! Um deputado “dinista” chegou a falar em tom ameaçador ao comunicar a transferência de Gilbson para Brasília, cerca de quatro dias antes de acontecer. O fato foi revelado ao Colunaço por uma fonte de alta credibilidade do Palácio dos Leões.
A segunda ofensiva veio de Brasília, por meio de uma matéria publicada no site Metrópoles, assinada pelo jornalista Tácio Lorran. A reportagem acusa o governo de Carlos Brandão de desviar R$ 13 milhões da Educação para uma empreiteira supostamente ligada à sua família. Só que a tal denúncia não resiste a uma checagem básica dos fatos: os recursos citados são juros de precatórios do Fundef liberados legalmente para uso em infraestrutura, após decisão do ministro Nunes Marques, do STF. A empresa Vigas Engenharia, mencionada na matéria, não tem ligação com a família Brandão, e o telefone citado pertence a um contador de Presidente Dutra que atende diversas empresas da região. Há ainda indícios claros de adulteração de documentos e distorções no sistema da Sinfra.
Nos bastidores, adversários já espalham que o “caso Tech Office” pode virar matéria do Fantástico, em uma tentativa desesperada de emplacar uma nova onda de denúncias contra o governo. O objetivo, claro, é justificar possíveis ações mais agressivas — inclusive uma operação da PF — para atingir o governador e seus aliados.
Diante desse cenário explosivo, aliados mais sensatos do grupo político que comanda o Maranhão há quase uma década já soam o alerta: ou se recompõe urgentemente a aliança Dino-Brandão, com diálogo e firmeza, ou o estado pode assistir a um racha irreversível, com danos imprevisíveis para ambos os lados, e vitória garantida para os que sempre torceram contra o Maranhão.