
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o ex-candidato a governador do Maranhão Lahésio Bonfim critica os gastos com cachês de artistas famosos durante o pré-carnaval promovido pelo governo do estado, destacando “problemas como a falta de segurança pública, deficiências na saúde e precariedade na educação no Maranhão”. No entanto, essa crítica não leva em consideração os benefícios que eventos culturais como o carnaval podem trazer ao estado.
Investir em grandes atrações como Ivete Sangalo (que ele citou no vídeo) não é um desperdício de recursos, mas uma estratégia para impulsionar o turismo, gerar empregos e movimentar a economia local. Além disso, esses eventos promovem o estado, trazendo visibilidade e fomentando o comércio, o que, por sua vez, pode contribuir para a melhoria de outras áreas, como saúde e educação.
A crítica de Lahésio, ao focar apenas nas dificuldades do estado, simplifica um problema que é mais complexo. O Maranhão enfrenta desafios em diversos setores, mas isso não significa que o investimento em cultura deva ser visto como inimigo das necessidades básicas. O estado deve buscar equilíbrio entre os diferentes setores, sem deslegitimar a promoção cultural.
Em vez de fazer críticas sem apresentar soluções concretas, seria mais produtivo que o ex-gestor contribuísse com propostas para melhorar a infraestrutura educacional e a segurança pública. O Maranhão precisa de uma abordagem que una esforços e soluções em todas as áreas, não de críticas polarizadas que apenas aprofundam as divisões.