
Uma crise que aparentemente estava sob controle, a partir de declarações e iniciativas do vice-governador Felipe Camarão, que até já se adiantava como pré-candidato ao governo em 2026, de repente “desgringolou” novamente. O motivo? Mais uma investida do deputado Othelino Neto, por meio do partido Solidariedade, no Supremo Tribunal Federal (STF), que já é visto nos bastidores como seu “puxadinho”.
A impressão que se acentua cada vez mais é que os entornos do ministro Flávio Dino e do governador Carlos Brandão não alinharam com os rumos que Felipe Camarão vinha dando ao processo sucessório. Coincidentemente, após a “trégua”, os dois lados passaram a agir como se, no fundo, não quisessem a pacificação.
Quase que simultaneamente, os adversários do governo voltaram a acionar o STF com uma petição capciosa, assinada por uma advogada completamente desconhecida dos maranhenses. Enquanto isso, os governistas acionaram ‘escribas’ alinhados para espalharem que o secretário Orleans Brandão, filho de Marcus Brandão e sobrinho do governador, pode ser o candidato do Palácio dos Leões nas eleições do ano que vem. Fizeram até enquete!
Explicada está a razão das últimas ‘rebordosas’ no “Palácio de Flávio Dino”, em Brasília. Os dois lados esticam a corda ao máximo. Pelo que se sabe – e como bem disse o prefeito Rafael, de Timon – Orleans Brandão será candidato em 2026 a deputado federal. Os autores da ‘brilhante ideia’ de espalhar que o sobrinho do governador disputará o Palácio dos Leões só acirram uma briga que vinha caminhando para um bom final.
Como dito, os dois lados dão sinais de que não querem a paz e pretendem esticar essa corda até arrebentar. Os ‘brandonistas’ acreditam nas pesquisas que indicam uma boa aceitação do governo de Carlos Brandão, defendem sua permanência até o fim do mandato e acham que ele elege seu sucessor. Ignoram, porém, as ‘rebordosas judiciais’ que possam surgir com essa estratégia.
Do outro lado, os ‘dinistas’ mais radicais apostam no caos para minar qualquer chance de Brandão ditar o rumo da sucessão. Com isso, acreditam piamente num eventual afastamento do governador, o que abriria caminho para Felipe Camarão assumir o Executivo estadual. O cenário político, que parecia se encaminhar para uma pacificação, volta a se tensionar. E a eleição de 2026, que já movimenta os bastidores, pode ter novos desdobramentos a qualquer momento.