Muriçoca Chipada
O populismo do prefeito Eduardo Braide e a ilusão de vitória!!! Assim podem ser resumidos os transtornos que São Luís viveu essa semana diante de uma greve de quatro dias que atormentou a vida dos ludovicenses usuários do ônibus como meio de transporte!!!
Se havia alguma dúvida sobre a condução da crise do transporte público em São Luís, Eduardo Braide tratou de esclarecer: jogou para a plateia, distribuiu promessas e, no fim, saiu da mesa como refém das próprias escolhas!!!
O roteiro da greve dos rodoviários seguiu um enredo previsível, mas com um desfecho ainda mais problemático: a prefeitura cedeu sem aumentar a tarifa, mas à custa do dinheiro público, garantindo que a fatura continue sendo paga pelo contribuinte!!!
O prefeito começou respondendo à paralisação com um movimento de impacto — um golpe de efeito: ofereceu corridas por aplicativo para a população!!! A medida soou ousada, como se fosse um atalho para driblar a crise, mas, na prática, teve vida curta!!! No fundo, Braide sabia que essa proposta não era sustentável!!! Foi um gesto simbólico, um “olha como eu estou resolvendo”, que soava bem no Instagram, mas que nunca teve fôlego para resolver o impasse real!!!
Enquanto a Câmara aprovava rapidamente o uso de recursos públicos para custear as corridas de aplicativos, eis que surgiu a reviravolta no xadrez da greve: rodoviários, empresas e a própria prefeitura chegaram a um acordo – e foi aí que a realidade bateu à porta!!!
Sem aumentar a passagem, Braide precisou abrir os cofres para garantir o reajuste dos motoristas, aumentando o subsídio mensal às empresas de transporte!!! Traduzindo: o prefeito pode ter evitado o desgaste imediato de um reajuste tarifário, mas assumiu uma conta ainda maior!!!
A mensagem que fica para os rodoviários e para os empresários do setor é simples: pressionem, façam greve, que o dinheiro aparece!!! O que impede que esse ciclo se repita em alguns meses???!!! Se um novo aumento for solicitado, a prefeitura manterá a postura???!!! Ou continuará usando o dinheiro público para financiar um sistema que não se renova, não melhora e só sobrevive por inércia???!!!
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Como populista, Eduardo Braide lidou bem com uma crise que poderia desgastá-lo!!! O modelo já foi testado antes!!! O prefeito de Recife, João Campos, fez algo semelhante e consolidou sua imagem como um gestor moderno e próximo do povo!!!
Braide surfou na mesma onda, e o engajamento nas redes sociais mostrou que ele colheu os frutos!!! O bordão “meu prefeito” apareceu nos comentários, elogios se multiplicaram e, aos olhos de quem vê política pelo feed do Instagram, ele saiu como o grande mediador da crise!!!
Mas essa é a superfície!!! A greve acabou não por uma solução inovadora, mas porque a prefeitura, “ao fim e ao cabo”, como costuma dizer Dr. Pêta, fez exatamente o que sempre faz: aumentou o subsídio para as empresas!!!
Não houve reajuste da tarifa, mas houve um novo aporte de dinheiro público para cobrir as demandas dos rodoviários!!! Ou seja: Braide garantiu que a conta continuasse sendo paga pelos cofres da cidade, e as empresas de transporte coletivo seguem blindadas contra qualquer risco financeiro!!!
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O grande problema dessa estratégia é que ela cria um precedente perigoso!!! Se o recado que ficou para os rodoviários e empresários foi o de que basta paralisar a cidade para que a prefeitura ceda, o próximo impasse já tem um roteiro pronto!!!
E, na próxima crise, quando a pressão vier novamente, qual será o próximo passo???!!! Mais subsídios???!!! Mais medidas paliativas???!!!
No curto prazo, Braide sai fortalecido na narrativa!!! Conseguiu capitalizar popularmente, fez a greve acabar e, para muitos, foi visto como um gestor que se preocupa com a população!!!
Mas, a longo prazo, a conta vai chegar!!! E, nesse modelo, quem paga não são os empresários do transporte; é a cidade!!!
